Com_traste

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Meus Deus!


Homem bomba
Com coração sempre armadilhado
Lançador de facas contra maçãs de pecado
Acertava sempre na dúvida
Atirador a alvos descentralizados
Na mira a anormalidade
O desuso de factos ou fatos
Traziam nos acordos a possibilidade de entendimento
O verão prometia uma colecção bizarra
Ele seria modelo e estilista
A parra cairia na passadeira de cor negra
Outono seria a estação mais próxima
E nas senhoras colocaria botões na pele de pétala rosa
Depois esperaria o próximo comboio para decidir ficar no mesmo sitio
Nada estaria no fim sem que antes ele pudesse colocar o ponto.
Decidira então escrever no bilhete furado
O revisor seria convocado pela própria arma
À mesma hora, num qualquer local, aconteceria o prometido
Bastaria chegar antes do final do tempo
Cronómetro colocado na bomba descontrolada
Salvaria todas a vidas
Bastaria cortar o fio certo da navalha afiada
E não mais deixar que a maçã se dividisse em duas.
Uma maçã inteira seria a recompensa
O prazer da dentada até no bicho
Ele seria o salvador do mundo que acabara de bombardear.

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