Com_traste

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sábado, 5 de março de 2011

Ventre - Ventrículo - Ventríloquo


Ao som oriental do mais intimo desejo
Ondula o corpo em movimentos ritmados
Ventre dançarino
Possuído por qual serpente sibilante
Fala em outra boca
Em voltas impossíveis e loucas
Hipnotiza olhares
Contornando o centro aparentemente fixo
Da maçã em queda da teoria da gravidade
E em orbita se movimenta
Circulando em cavidades sangrentas
Entra e sai da rota
Tornando o corpo leve em voo
Num espaço umbilical
Centrado na pele de cor canela
Fêmea em cio
Amante sem cama
Dança imprópria para salão
Nem vista nas esquinas da rua
Existindo apenas em espaços de tempo
Em que em segredos dança nua
No colo de quem lhe toca fundo
O som que vem de séculos
Em tapete voador
E faz do seu ventre sem véu
A boca onde se deita e lhe chama…coração

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