Com_traste

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

E eu que não sei falar de Abril




E eu que não sei falar de Abril…

Queria dizer toda esta força que me invade
As lágrimas que nascem dentro do peito em mar de esperança
A pele que se arrepia sem estar frio
E aquela hora que chegou soando a tarde.
...E esta alma que ergue o braço em movimento
Rasgando todos os espaços num vazio que me sufoca
Como asas que se soltam pelas grades
De gaivotas a sobrevoar o sentimento
E a minha voz que se embarga na canção
Ou o abraço do amigo e camarada
Dando a certeza que somos mais quando abraçados
Pela força e grandeza das nossas mãos.
E o sorriso que se abre como os cravos
Ou como sangue … dando mais vida à nossa luta
E o “lembras-te” como foi possível a Liberdade?
Que contamos revivendo a revolução
E de como das mãos calejadas nascem espigas
E da terra com suor se fez o pão.
E a força da palavra Liberdade
Que surgia pelas ruas e ruelas esquecidas
Era arma
Era a força da verdade
A fazer paz no lugar da guerra sem razão
E o sonho que sonhado em mês de Abril
Como quem acorda depois feito um homem novo
Erguido
Renovado
Sem ter dono
Erguendo o punho olhando em frente
Querendo ser tudo..até ser gente
Negando viver na escravidão
E eu que não sei falar de Abril
Como Abril me foi assim antes falado…
Brilho nos olhos
Cravo no peito
Erguendo o punho
Liberto Abril em mim aprisionado...

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