Com_traste

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

O vestido



É quando me viro de costa, segurando o cabelo com uma das mãos
Deixando o pescoço exposto aos teus beijos
Sentido o arrepio da aragem da tua respiração
Que o deslizar da tua mão
Provoca a abertura do fecho do meu vestido
E ao mesmo tempo que fico seminua
Sou eu agora quem desliza
Ainda a meio de ti
Ainda a meio de nós
Ainda com aquele olhar de quem sabe o que nos espera
Mas alonga o tempo num morder de lábios
Numa tortura doce e desejada
Deitando por terra os restos que não importam
Deixamos que a luz da rua ilumine nossos rostos
Cheios de vida
Cheios da nossa verdade naquela hora
E depois
É num virar de costas, que sem palavras
Te peço que voltes a deslizar os teus dedos
E me feches o vestido
Ao mesmo tempo que me sinto completamente nua ainda …quando te olho nos olhos.

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