Com_traste

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

E se perguntarem Quem és?


Não era certa ou errada
Nem branca nem preta
Nem grande nem pequena
Nem sim nem não
Era aquela coisa que fica com o nome de incerteza
Aquela cara de indefinição
Assim era ela
O seu corpo
A sua vida
Ficar assim num talvez
Numa possibilidade de se ser feliz e infeliz
No meio do caminho, à mesma distância do inicio e do fim
Não era o longe nem o perto
Nem o agora ou o depois
Nem bonita nem feia
Nem o ir nem o ficar
Era …
Aquela coisa que fica entre o abrir e o fechar
Não sendo mar
Não sendo terra
Não sendo o ar
Não sendo fogo
Era ela
A única certeza que tinha
Apenas ela
Só ela
Nem a outra nem aquela
E aquele vento morno, nem frio nem quente
Que lhe enrolava os cabelos
À deriva dos pensamentos incertos das coisas
Dos outros
Da vida
Ela não era Maria
Não era Ana
Não era nova nem velha
Ela
Ela era a que se chama
Prenuncio….de alguma coisa…ou boa..ou má
Quando se cumprir
A não ser que ….fosse engano!

1 comentário:

  1. O importante é sê-lo… mesmo quando deambulamos dentro da interrogação, que nos faz ser. Trilhamos o caminho do meio alimentando-nos dos opostos. A capacidade que tens de ser o cicerone dessa viagem é prenúncio de gente grande…

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