Com_traste

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Morte súbita


Morte pouco súbita a minha
No teu leito
Meu corpo desfalece
Quando me amas
E tiras-me o respirar
Prolongas a apneia
Entras-me pelas veias e tomas-me o coração
Deitas-me no chão
Sugas-me a vida
Apertas-me até que doa
Fazes do meu corpo morto
A prova da ressurreição
Tomas-me os pulsos
ComProvas-me viva
Bebes de mim tudo o que verto
E dás-me gota a gota
O liquido para que me possa reencarnar
Olhas-me nos olhos
Tapas-me os gritos
E sabes que minto se digo não quero mais
Viras-me
Dás-me o ultimo golpe
E minha alma em galope
Querendo sair de mim
Antes do fim avisas
Queres-me a vida
E eu rendida
Deixo-me matar por ti

"Lo único que me duele de morir, es que no sea de amor".
(El amor en los tiempos del cólera) - Gabriel Garcia Marques

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