Com_traste

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Reflexos... controversos


Por vezes calo-me
E nesse silêncio, a audição do que penso acontece de forma mais clara
Verbalizo então o resultado daquele raciocínio
E faz-se luz na consciência do que realmente sou
Como sombra ilumina naquela hora
Sai à pressa porta fora
E em ausência se faz, por não querer quebrar cristais
Mas ouve-se o som da fractura
E sangram os rostos em contorcidas expressões
Na junção dos mundos paralelos
Acontece o ponto de encontro quotidiano
Por hábitos quase sagrados
Os sorrisos SOS
Os cumprimentos deslavados
Entre a bica e o cigarro
Existem todas as outras horas
Por vezes o deixar de fumar seria a solução para a aceitação
Não fosse quase impossível deixar o vicio…de mim mesma
E aquela mesa seria apenas minha, entre café e café
Seria ousadia olhar a outro espelho e ver o mesmo reflexo
Mas não deixo de ver reflectido o que também sei ser
Mas é algo controverso
Este ser e já não ser
E saber ilegíveis os meus poemas
Escritos entre realidades paralelas
Com letra manuscrita de tinta pouco permanente
Na mesa do centro, no café central do meu mundo umbilical
Nada mais que eu mesma gira em seu redor
Em espiral ,como agua a ir-se pelo cano, depois de um banho de aguas turvas
Restando umas pequenas gotas a escorrer pelas minhas paredes
Em regos, marcado os dias em que nada se diz, por já não ser possível
E nessa insistência se existe quase todos os dias…i
Incrivelmente desiguais e semelhantes a todos os outros.

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