Com_traste

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Confidências...




Em tempos idos
Enlaçadas palavras aos ouvidos
Rodopiando na memória
Toda a minha história
Zunzuns de sentidos
Na ponta da língua esgrimidos
E dedadas
Assinalando o trilho com a impressão transmissível
Da derme arrepiada
Suando em cascatas cristalinas
E as crinas
De montada alada
Fantasia sempre imaginada
Da mente intransigente
Que à dentada te devora
E depois cora
A outra face que se dá
Ao mundo inventado à pressa no sofá
Frente ao aparelho comandado
Teclas calcadas
Vidas outras contadas
De novelas caprichosas
Exigindo finais empacotados às doses
Comprimidas felicidades momentâneas
Não estranhas
Fazendo-te personagem principal
Sem fala
Descolas-te da caderneta
Repetidamente foges
Ousas sair da linha
Por sina torta
Por sina entre
Por sina alinhavada
Em pontos
Bordando na palma da mão
O único
Final feliz improvável
Por afoitar-se na junção
De unir outra mão
Decalcando o ponto em …
Inconfundíveis sinais

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