Com_traste

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Morte súbita


Morte súbita
Será pena do condenado
Escrita em carta de amor como um ultimo legado
De nada valerá matar aos pouco
Eternizar a condição
A morte tem a mesma dor
O fim é o sempre anunciado
Nos intervalos do tempo em que se perde a noção da vida
Se olharmos com atenção
Ela paira sobre nós
Jogando como criança às escondidas
E ai de nós quando teimamos em pensar que não
Ai a condenação será trocar o amor
Por uma eterna mancha negra ao nosso lado
E a sombra não é a da que chamamos morte certa
A sombra é a nossa própria incerteza da vida
E caso comprem um caixão
Para evitar gostos alheios duvidosos
Ousem ser originais
E façam do próprio corpo o ataúde
E cavem a cova com a mão
Levantando do chão o morto que antes de nós se sepulte
E ai sim há reencarnação
Podendo ser comprovada a teoria da imortalidade
Dos amantes que nascem condenados a serem apenas a sombra um do outro…

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