Com_traste

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sábado, 14 de janeiro de 2012

Vice-versa

Não fechar a porta
Ou deixar acontecer
Aquela que também sei ser
Pedaços de mim por ai
Entrelaçados com os nadas
Mas tão possíveis nadas como outros
Cobre-se o chão de maçãs tentadoras
E morde-se uma a uma
Salivas
Sentado na cama
Enquanto me alimento do pecado
E degustas a imagem que pintas
Escolhes a musica com o cuidado de quem escolhe uma mulher para a vida
Enches os copos de líquidos distintos
E nas diferenças da cor
Imaginas os beijos possíveis a combinar
Contrastando o quente e frio
O tinto e o verde
O meu e o teu
Ergues-me num gesto de dança lento
E nesse encosto
Já nem penso
E enrolas-me os cabelos na mão
Puxas noutra direcção
Trocamos os copos
Os beijos
O fumo que cheira a sonhos
E no fim…
Deitas-me na cama de frutos proibidos
Para que se eternize o momento

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