Com_traste

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Desassossego


Quando o cansaço passeia por mim
Antes já demonstrado a cores
Na transparência das minha veias
Há o momento em que se contradiz
E em vez de me adormecer…acorda-me
E em tons campestres
Em pele mais claras
Florescem enraizadas
As flores de mim
Um tudo nada cedo
Sem esperar a estação
Cobrem-me como de hera se cobre o portão
Não há andorinhas
Quem voa são pássaros teimosos sem frio
E eu cansada
Cheia de ausência
Acordo ainda sonâmbula
Passo a transparência
E no lado de cá
Externo ao meu fim
Surjo a medo
Pouco ou quase nada
Assim…desassossegadamente
Não morro sem que todas as estações deixem de ter tempos marcados por mim…

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