Com_traste

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sábado, 26 de maio de 2012

Fondue



O requinte
Da simplicidade como me colocas na mesa
Em negro de fundo atoalhado
Faz-me crescer agua na boca
Afastas a cadeira para que me sente
Frente a frente
Sorris iluminando as velas
Temperas a carne a meu gosto
Em chamas colocas pouco a pouco
E nos molhos aguças o paladar
Abres o vinho
Brindas a beijos sem fim
E entre morangos adocicados
Mordes os lábios
Que moldas com as mãos
Do degustar em vagar surge a gula
Da mesa faz-se altar
Danças com o olhar
Matamos a fome com ternura
E no fim da ceia o doce
Que em vinho sagrado mergulhas
Já não há tempo nem lugar
Onde me possa saciar
Tenha eu fome de
Desejo
Amor
Ou doçura

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