Com_traste

Com_traste

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sem_tença

Tiras-me as palavras da boca
E lamentas que nunca te tenha dito Amo-te
Facto concreto
O silêncio como álibi
De nada vale roubares o que querias ouvir
Abortas a possibilidade
Matas a esperança
E condenas-te à prisão perpétua da eternidade da incerteza
Como testemunha de defesa
Levas um sorriso nos lábios
E um brilhozinho nos olhos
Talvez haja apelo
Ou a cegueira da justiça te veja disforme
E me condene a falar
Na linguagem gestual que nunca entendeste
Exiges provas
E trazem-te o vinho em cálice de cristal
Afinal a pena é de morte
Da palavra que bebes sem a nunca teres escutado
o

Sem comentários:

Enviar um comentário